“Agora pela manhã, tendo levantado muito antes
da luz do dia, ele se foi e partiu para um lugar solitário; e lá ele orou.”
Marcos 1:35
Quando
conhecemos alguma filosofia que nos induz a mudança interna ficamos tão
empolgados e acabamos por querer que todos partilhem conosco o mesmo
sentimento. E muitas vezes para o novato que começa a trilhar este caminho é
frustrante quando os seus afetos não o seguem.
Precisamos entender que todos
possuem o momento certo de despertar para as potencialidades naturais do
espírito.
Para aqueles
que já trilham esse caminho há muito mais tempo, deixaram de ser neófitos, a
oração deve ser a companheira inseparável. A religião aqui não nos importa o
que vale mesmo é a sua religiosidade e como tem conduzido suas relações
interpessoais.
O ato de orar como fez Jesus (Marcos 1:35) indo para um lugar
solitário é como se estivéssemos devassando nossa alma e entregando “para quem
pode mais” nossas fraquezas e incertezas. A oração trás equilíbrio e muitas vezes
nos orienta nos momentos difíceis que aparentemente não apresentam soluções.
Como médium
e dirigente umbandista, posso dizer que aquele que NÃO caminha sob as égide do maior
Mestre que pisou na Terra, é um forte candidato à derrocada espiritual.
Aqui
abro um parêntese: refiro-me àqueles que creem no Cristo Jesus como mestre e
governador do planeta, essa é uma conversa religiosa e não acadêmica.
Digo isso,
pois a Umbanda crê que o Evangelho de Jesus é o roteiro divino de ascensão a
planos mais altos da vida espiritual, e é OBRIGAÇÃO de quem busca religiosidade
procurar viver os ensinamentos de Jesus.
Atentem que questão não
é ser perfeito, pois não o somos, mas procurar entender que todos caminham de
acordo com seu “fôlego” e que devemos respeitar a caminhada do irmão ao lado nos
predispondo a ajudar sempre.
Agora, se você está à frente de um trabalho maior,
é dirigente de algum grupo, sua responsabilidade é ainda maior. Pois além de
responsável pelo bom andamento dos trabalhos é um EDUCADOR de almas, que muitas
vezes perdidas são “direcionadas” a porta do seu terreiro. A sua capacidade de
compreensão, por mais que não concorde, deve ser maior, já que transpassou os
portais da iniciação.
A visão do sacerdote a meu ver é a mesma do Pai com o
filho rebelde, repreender e educar, mas nunca se colocar na mesma posição
tornando-se criança igual o filho.
E quando isso
não ocorre na casa que você frequenta? É o Evangelho de Jesus que responde:
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras
que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.”
(João 14:12)
Aquele que segue o Cristo fará somente o bem, pois somente o bem pregou o Mestre.
Assim meu
irmão se perceberes coisas estranhas que não coadunam com os ensinamentos do
Cristo saia fora enquanto é tempo para não comprometer o sagrado compromisso da
sua reencarnação.
A palavra de
Jesus soa pra mim como um convite a descobrir que somos muito mais do que as
coisas corriqueiras dessa Terra cheia de provas e expiações. A pergunta que
todos nós devemos fazer é: Eu creio realmente em Jesus? Tenho buscado encontrar
Jesus de fato na minha religião? Tenho colocado em prática os ensinamentos de
Jesus?
Creio que
estas, são perguntas que nos induzem a introspecção necessária para nosso
reencontro com o Pai, e “acostumados” a orar pelos os outros, não nos
esqueçamos de orar para nós.
Que possamos começar o exercício diário da oração,
pois acredito que através dela podemos evitar muitas posturas infantis e
incoerentes com o trabalho nessa Umbanda de Todos Nós.
Um sincero e
fraternal Saravá!
Alcides.